pedro rocha remo

O que aconteceu no Estádio Rei Pelé neste sábado foi um retrato cruel daquilo que o torcedor do Remo mais teme: criar, martelar, pressionar… e perder. O Leão foi derrotado por 2 a 0 pelo CRB, mas o placar não conta nem metade da história. O jogo foi decidido, em grande parte, por uma figura específica: Pedro Rocha. E não foi por falta de chances. Foi justamente pelo excesso — e pela inacreditável incompetência em aproveitá-las.

Pedro Rocha teve três oportunidades claras de marcar. Três. Uma delas, um pênalti no segundo tempo. E desperdiçou todas. Na penalidade, bateu mal e permitiu a defesa de Matheus Albino. Depois, ficou cara a cara com o goleiro, que já estava no chão, e… mandou pra fora. No outro lance, recebeu em ótimas condições, teve a tranquilidade necessária para definir, mas acertou a rede pelo lado de fora.

É duro dizer isso, mas não há como passar pano: o grande culpado da derrota de hoje é Pedro Rocha. O Remo teve o jogo nas mãos. O placar final poderia facilmente ter sido o oposto. Não fosse pela série de erros grotescos na finalização — erros que, em um nível profissional, são difíceis até de justificar.

Não foi só ele, é verdade. Ítalo também perdeu uma chance absurda, daquelas que a gente vê e não acredita. A equipe toda pecou nas finalizações. Mas o peso da derrota recai sobre quem teve mais chances reais de mudar o jogo — e não conseguiu. Se Pedro Rocha já foi decisivo positivamente em outras ocasiões, hoje ele foi decisivo para o lado errado da história.

O CRB foi eficiente. Teve menos volume ofensivo, mas aproveitou bem as oportunidades que teve. Com dois gols — de Mikael e Segovia —, fez o suficiente para garantir os três pontos e ainda ouvir gritos de “olé” da sua torcida nos minutos finais.

Já o Remo… o Remo volta pra casa com o gosto amargo de quem perdeu pra si mesmo. Criou, tentou, mas sucumbiu à própria incapacidade de transformar esforço em resultado. E quando isso acontece, não tem VAR, não tem juiz, não tem sorte que resolva.

O placar de 2 a 0 não mostra a superioridade do CRB. Mostra a ineficiência do Remo. E hoje, o nome dessa ineficiência tem rosto: Pedro Rocha.

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