A noite no Estádio Mangueirão foi histórica para os torcedores azulinos. Em uma final repleta de tensão, emoção e reviravoltas, o Clube do Remo venceu o Paysandu nos pênaltis por 6 a 5 e se consagrou Campeão Paraense de 2025.
Após perder por 1 a 0 no tempo regulamentar, resultado que empatou o confronto em 3 a 3 no agregado (considerando a vitória remista por 3 a 2 na ida), a decisão foi levada para as penalidades. E foi aí que o drama ganhou contornos épicos.
A disputa começou equilibrada. Pedro Rocha, Dodô, Adaílton, Marcelinho e Alvariño converteram suas cobranças para o Leão. Do lado bicolor, Bryan Borges, André Lima, Leandro Vilela, Giovanni e Quintana também mantiveram a pressão com gols bem executados. O primeiro erro veio com Jorge Benítez, que isolou a bola no travessão, reacendendo a esperança da torcida azulina. No entanto, Pedro Castro desperdiçou para o Remo na sequência, vendo Matheus Nogueira fazer grande defesa.
Os goleiros se destacaram, com Marcelo Rangel sendo decisivo ao defender o chute de Dudu Vieira, em momento crucial da disputa. Com isso, a responsabilidade caiu sobre os pés de Reynaldo. O zagueiro canhoto, com frieza e categoria, deslocou o goleiro adversário e marcou o gol do título, decretando o fim da batalha: Remo campeão paraense de 2025!
Tensão até o fim
No tempo regulamentar, o Paysandu pressionou até os minutos finais. O gol bicolor veio aos 14 minutos do segundo tempo, com Rossi convertendo um pênalti confirmado pelo VAR após toque de Reynaldo. Marcelo Rangel até tocou na bola, mas não conseguiu impedir o empate no agregado.
Ambas as equipes tiveram chances claras ao longo do jogo. O Remo, inclusive, teve um pênalti a seu favor aos 37 minutos do segundo tempo, mas Matheus Nogueira brilhou e defendeu a cobrança de Adaílton, mantendo vivo o sonho do Papão.
Confusão e nervos à flor da pele
O clássico Re-Pa de número 778 foi marcado por tensão e cartões. Jogadores de ambos os lados se envolveram em discussões, como no empurra-empurra entre Quintana e Reynaldo, que terminou com cartão amarelo para os dois.
Com um Mangueirão lotado e clima de decisão, o título ficou para quem soube manter a cabeça fria e o coração quente. E, na noite desta segunda-feira, foi o Remo quem fez história.
Festa azulina
Com o apito final e o último pênalti convertido, a torcida azulina explodiu em alegria. O título consolida o trabalho da equipe ao longo do campeonato e dá confiança para o restante da temporada. Para o Paysandu, resta lamentar as chances desperdiçadas e levantar a cabeça para os próximos desafios.
O Re-Pa mostrou, mais uma vez, por que é um dos maiores clássicos do futebol brasileiro — emoção até o último segundo.
Remo, o maior time do Norte, é o Campeão Paraense 2025!