O Clube do Remo foi surpreendido — e não de forma positiva — na tarde desta sexta-feira (06). Daniel Paulista, que até então ocupava o cargo de treinador do time, simplesmente bateu em retirada após o treino, pedindo desligamento imediato e sem qualquer abertura para diálogo. Um gesto pequeno, covarde e incompatível com a grandeza do Leão Azul.
Nos bastidores, já se sabia que o Sport, time que parece ter prazer em agir como abutre nos momentos críticos, vinha assediando o treinador há pelo menos dois dias. Com a proposta de arcar com a multa rescisória, o clube pernambucano abriu caminho para que Daniel saísse pela porta dos fundos — e foi exatamente o que ele fez. Demonstrou zero comprometimento, rasgou o discurso de projeto e abandonou o barco no meio do campeonato.
Daniel chegou ao Baenão em março e teve 14 jogos à frente do time: venceu sete, empatou cinco e perdeu duas vezes. Foi campeão paraense, é verdade, mas isso não apaga a falta de caráter demonstrada ao virar as costas para o elenco, para a torcida e para um clube que lhe deu respaldo total no trabalho.
E ele não foi sozinho. Levaram junto o auxiliar técnico Eudes Pedro e o preparador físico Rodolfo Mancha, que preferiram seguir o mesmo caminho da fuga. Que façam bom proveito por lá. Por aqui, a camisa azul continuará sendo vestida por quem tem coragem de honrá-la.
O treino deste sábado (07) será comandado pela comissão técnica permanente, formada pelos auxiliares Flávio Garcia e Mariozinho, além do preparador físico Rafael Raposo. São eles que estarão à beira do campo no confronto contra o Operário-PR, neste domingo (08).
Enquanto isso, a diretoria azulina já está em campo para encontrar um novo comandante — alguém que, ao contrário do técnico que pulou fora, tenha vergonha na cara e respeito pela torcida que não abandona o time nunca.